Mosaico de Pensamentos e Textos

sábado, janeiro 10, 2009

Sua mente é sua árvore dos desejos...


Sua mente é sua árvore dos desejos...

Um homem estava viajando e, acidentalmente, entrou no paraíso. E no conceito indiano de paraíso existe árvore-dos-desejos. Você simplesmente senta debaixo delas, deseja qualquer coisa e imediatamente seu desejo é realizado - não há intervalo entre o desejo e sua realização.

O homem estava cansado e pegou no sono sob a árvore-dos-desejos. Quando despertou, estava com muita fome, então disse: "Estou com tanta fome, desejaria poder conseguir alguma comida de algum lugar".

E imediatamente apareceu comida vinda do nada - simplesmente uma deliciosa comida flutuando no ar. Ele estava tão faminto que não prestou atenção de onde a comida viera - quando se está com fome, não se é filósofo. Começou a comer imediatamente, a comida era tão deliciosa...

Depois, a fome tendo desaparecido, olhou à sua volta. Agora estava satisfeito. Outro pensamento surgiu em sua mente: "Se ao menos pudesse conseguir algo para beber..."

E como não há proibições no paraíso, imediatamente apareceu um excelente vinho. Bebendo o vinho relaxadamente na brisa fresca do paraíso, sob a sombra da árvore, começou a pensar: "O que está acontecendo? O que está havendo? Estou sonhando ou existem espíritos ao redor que estão fazendo truques comigo?"

E espíritos apareceram. E eram ferozes, horríveis, nauseantes. E ele começou a tremer e um pensamento surgiu em sua mente: "Agora vou ser assassinado, com certeza..."

E ele foi assassinado.

Esta é uma antiga parábola, e de imenso significado. Sua mente é a árvore-dos-desejos - o que você pensa, mais cedo ou mais tarde se realiza.
Às vezes o intervalo é tão grande que você se esquece completamente que, de alguma maneira, "desejou" aquilo; então não faz a ligação com a fonte. Mas se olhar profundamente, perceberá que todos os seus pensamentos, com medos/receios, estão criando você e sua vida.

Eles criam seu inferno, criam seu paraíso. Criam seu tormento, criam sua alegria.

Eles criam o negativo, criam o positivo... Todos aqui são mágicos. E todos estão fiando e tecendo um mundo mágico ao seu redor... e aí são apanhados. A aranha é pega em sua própria teia. Ninguém o está torturando, a não ser você mesmo. E uma vez que isso seja compreendido, mudanças começam a acontecer. Então você pode dar a volta, pode transformar seu inferno em paraíso; é simplesmente uma questão de pintá-lo a partir de um ângulo diferente...

A responsabilidade é toda sua. Seu "paraíso" depende de você.
(autor desconhecido)

quarta-feira, janeiro 07, 2009

Mães más...

Um dia, quando os meus filhos forem crescidos o suficiente para entenderem a lógica que motiva os pais e as mães, eu hei de dizer-lhes:

Eu os amei o suficiente para ter perguntado: onde vão, com quem vão e a que horas regressarão?

Eu os amei o suficiente para não ter ficado em silêncio e fazer com que vocês soubessem que aquele novo amigo não era boa companhia.

Eu os amei o suficiente para os fazer pagar as balas que tiraram da mercearia e os fazer dizer ao dono: "Nós roubamos isto ontem e queríamos pagar".

Eu os amei o suficiente para ter ficado em pé junto de vocês 2 horas, enquanto limpavam o seu quarto; tarefa que eu teria realizado em 15 minutos.

Eu os amei o suficiente para os deixar ver além do amor que eu sentia por vocês, o desapontamento e também as lágrimas nos meus olhos.

Eu os amei o suficiente para os deixar assumir a responsabilidade das suas ações, mesmo quando as penalidades eram tão duras que me partiam o coração.

Mais do que tudo, eu os amei o suficiente para dizer-lhes não, quando eu sabia que vocês poderiam me odiar por isso. Essas eram as mais difíceis batalhas de todas.

Estou contente, venci... porque no final vocês venceram também! E qualquer dia, quando meus netos forem crescidos o suficiente para entenderem a lógica que motiva os pais e as mães, meus filhos vão lhes dizer quando eles lhes perguntarem se a sua mãe era má: "Sim... Nossa mãe era má. Era a mãe mais má do mundo.

As outras crianças comiam doces no café e nós tínhamos de comer cereais, ovos e torradas. As outras crianças bebiam refrigerante e comiam batatas fritas e sorvete no almoço e nós tínhamos de comer arroz, feijão, carne, legumes e frutas. E ela obrigava-nos a jantar à mesa, bem diferente das outras mães, que deixavam os filhos comerem vendo televisão.

Ela insistia em saber onde nós estávamos a toda hora. Era quase uma prisão. Mamãe tinha que saber quem eram os nossos amigos e o que nós fazíamos com eles. Insistia que lhe disséssemos que íamos sair, mesmo que demorássemos só uma hora ou menos.

Nós tínhamos vergonha de admitir, mas ela violou as leis de trabalho infantil. Nós tínhamos de lavar a louça, fazer as camas, lavar a roupa, aprender a cozinhar, aspirar o chão, esvaziar o lixo e todo o tipo de trabalhos cruéis. Eu acho que ela nem dormia à noite, pensando em coisas para nos mandar fazer.

Ela insistia sempre conosco para lhe dizermos a verdade, e apenas a verdade. E quando éramos adolescentes, ela até conseguia ler os nossos pensamentos.

A nossa vida era mesmo chata.

Ela não deixava os nossos amigos tocarem a buzina para que nós saíssemos. Tinham de subir, bater à porta para ela os conhecer. Enquanto todos podiam sair à noite com 12, 13 anos, nós tivemos de esperar pelos 16.

Por causa da nossa mãe, nós perdemos imensas experiências da adolescência. Nenhum de nós esteve envolvido em atos de vandalismo, violação de propriedade, nem fomos presos por nenhum crime.

Foi tudo por causa dela. Agora que já saímos de casa, nós somos adultos, honestos e educados, estamos a fazer o nosso melhor para sermos "pais maus", tal como a nossa mãe foi.

Eu acho que este é um dos males do mundo de hoje:

Não há suficientes Mães más...

(Dr. Carlos Hecktheuer)