Mosaico de Pensamentos e Textos

sábado, março 31, 2007

Sorria para estranhos, olhe em seus olhos, e diga olá

“Você já parou para pensar como evitamos olhar nos olhos os estranhos que encontramos? Por quê? Temos medo deles? O que nos impede de abrir nossos corações a pessoas que não conhecemos?

Eu não tenho as respostas para essas perguntas, mas sei que existe uma relação entre nossa atitude com estranhos e o nível geral de felicidade que experimentamos. Em outras palavras, é raro encontrar uma pessoa que ande por aí cabisbaixa, o cenho franzido, evitando as pessoas, e que seja, ao mesmo tempo uma pessoa pacifica e cheia de alegria.

Não estou querendo com isso dizer que é melhor ser extrovertido do que tímido, que você deva gastar quantidades extras de energia tentando abrilhantar o dia de outras pessoas, ou que você deva sempre parecer simpático. O que estou sugerindo é que se você parar para pensar que os estranhos são como você e os tratar não só com gentileza e respeito, mas olhando-os nos olhos, perceberá mudanças em você, também.

Você começará a ver que a maior parte das pessoas são exatamente como você – têm famílias, pessoas a quem amam, problemas, preocupações, gostos, desgostos, medos, e assim por diante. Vai perceber, igualmente, como as pessoas se tornam simpáticas e gentis quando você lhes estende a mão. Quando você percebe como somos todos iguais, entende que somos todos inocentes. Em outras palavras, embora muitas vezes façamos coisas erradas, a maior parte de nós quer fazer o melhor dentro das circunstâncias que o cercam. Perceber a inocência nas pessoas traz um sentimento profundo de felicidade interior. "

(extraído do livro “Não faça tempestade em copo d’água...” de Richard Calson)

sexta-feira, março 30, 2007

Elegância do comportamento

As pessoas geralmente se preocupam com a aparência física e se esmeram para mostrar uma certa elegância, de acordo com suas possibilidades. Isso é natural do ser humano. Tanto que muitos buscam escolas que ensinam boas maneiras.

No entanto, existe uma coisa difícil de ser ensinada e que, talvez por isso, esteja cada vez mais rara: a elegância do comportamento.

É um dom que vai muito além do uso correto dos talheres e que abrange bem mais do que dizer um simples obrigado diante de uma gentileza.

É a elegância que nos acompanha da primeira hora da manhã até a hora de dormir e que se manifesta nas situações mais corriqueiras, quando não há festa alguma nem fotógrafos por perto: é uma elegância desobrigada.

É possível detectá-la nas pessoas que elogiam mais do que criticam. Nas pessoas que escutam mais do que falam. E quando falam, passam longe da fofoca, das maldades ampliadas de boca em boca.

É possível detectá-la também nas pessoas que não usam um tom superior de voz. Nas pessoas que evitam assuntos constrangedores porque não sentem prazer em humilhar os outros.

É uma elegância que se pode observar em pessoas pontuais, que respeitam o tempo dos outros e seu próprio tempo.

Elegante é quem demonstra interesse por assuntos que desconhece.

É elegante não ficar espaçoso demais. Não mudar seu estilo apenas para se adaptar ao de outro. É muito elegante não falar de dinheiro em bate-papos informais. É elegante retribuir carinho e solidariedade.

Sobrenome, cargo e jóias não substituem a elegância do gesto. Não há livro de etiqueta que ensine alguém a ter uma visão generosa do mundo e a viver nele sem arrogância. Pode-se tentar capturar esta delicadeza natural através da observação, mas tentar imitá-la é improdutivo.

A pessoa de comportamento elegante fala no mesmo tom de voz com todos os indivíduos, indistintamente.

Ter comportamento elegante é ser gentil sem afetação.
É ser amigo sem conivência negativa.
É ser sincero sem agressividade.
É ser humilde sem relaxamento.
É ser cordial sem fingimento.
É ser simples com sobriedade.
É ter capacidade de perdoar sem fazer alarde.
É superar dificuldades com fé e coragem.
É saber desarmar a violência com mansuetude e alcançar a vitória sem se vangloriar.

Enfim, elegância de comportamento não é algo que se tem, é algo que se é.

Mais do que decorar regras de etiqueta e elaborar gestos ensaiados, é preciso desenvolver a verdadeira elegância de comportamento.

Importante que cada gesto seja sincero, que cada atitude tenha sobriedade.

A verdadeira elegância é a do caráter, porque procede da essência do ser.

(autor desconhecido)

segunda-feira, março 26, 2007

Seja mais paciente

“A virtude da paciência pode ajudar bastante no caminho para a criação de um self mais pacífico e amoroso. Quanto mais paciente você for, mais complacente será, em vez de insistir para que a vida seja exatamente como você gostaria que fosse. Sem paciência, a vida é extremamente frustrante. Você se torna facilmente irritável, aborrecido, entediado. A paciência aumenta a dimensão de bem-estar e compaixão em sua vida. É essencial para a paz interior.

Tornar-se mais paciente implica em abrir o coração para o momento presente, mesmo que você tenha dificuldades com relação a isso. Se você estiver preso num engarrafamento, atrasado para um encontro, abrir-se para o momento significa perceber-se construindo sua bola-de-neve mental e impedir que as coisas fujam ao controle, assim, lembrar-se gentilmente de relaxar. Pode ser igualmente um bom momento para respirar e uma oportunidade de se lembrar que, num panorama maior, estar atrasado é um copo d’água.

A paciência também envolve a visão da inocência nos outros. Minha mulher, Kris, e eu temos duas filhas de quatro e sete anos. Em muitas ocasiões, enquanto estava escrevendo este livro, minha filha de quatro anos entrava no meu escritório e interrompia meu trabalho, o que desconcentra o escritor. O que aprendi a fazer (na maior parte das vezes) é ver a inocência de seu comportamento em vez de focalizar nas implicações potenciais de sua interrupção (Não conseguirei acabar meu trabalho, vou perder o fio de meus pensamentos, esta era a minha única oportunidade de escrever hoje, e assim por diante). Eu fazia questão de me lembrar por que ela tinha vindo me ver. Porque ela me ama, não porque estivesse conspirando para arruinar meu trabalho. Assim que eu me lembrava de observar sua inocência, imediatamente conseguia recuperar um sentimento de paciência, e minhas atenções se voltavam para o momento presente. Qualquer irritação que eu estivesse construindo era eliminada e eu recordava, mais uma vez, de como era afortunado por ter filhas tão belas. Percebi que, quando você busca com profundidade, sempre consegue perceber a inocência nas pessoas tão bem quanto as situações potencialmente frustrantes. Quando você o faz, torna-se mais paciente e calmo e, de uma maneira estranha, começa a apreciar muitos momentos que anteriormente eram fonte de frustração.”

(extraído do livro “Não faça tempestade em copo d’água...” de Richard Calson)

quinta-feira, março 15, 2007

A fábula dos porcos assados

Uma das possíveis variações de uma velha história sobre a origem do assado é a seguinte:
Certa vez aconteceu um incêndio num bosque onde havia alguns porcos, que foram assados pelo fogo. Os homens, acostumados a comer carne crua, experimentaram e acharam deliciosa a carne assada. A partir daí, toda vez que queriam comer porco assado, incendiavam um bosque... até que descobriram um novo método.

Mas o que quero contar é o que aconteceu quando tentaram mudar o SISTEMA para implantar um novo. Fazia tempo que as coisas não iam lá muito bem: às vezes os animais ficavam queimados demais ou parcialmente crus. O processo preocupava muito a todos, porque se o SISTEMA falhava, as perdas ocasionadas eram muito grandes - milhões eram os que se alimentavam de carne assada e também milhões os que se ocupavam com a tarefa de assá-los. Portanto, o SISTEMA simplesmente não podia falhar.

Mas, curiosamente, quanto mais crescia a escala do processo, tanto mais parecia falhar e tanto maiores eram as perdas causadas. Em razão das inúmeras deficiências, aumentavam as queixas. Já era um clamor geral a necessidade de reformar profundamente o SISTEMA.

Congressos, seminários, conferências passaram a ser realizados anualmente para buscar uma solução. Mas parece que não acertavam o melhoramento do mecanismo. Assim, no ano seguinte repetiam-se os congressos, seminários, conferências. As causas do fracasso do SISTEMA, segundo os especialistas, eram atribuídas à indisciplina dos porcos, que não permaneciam onde deveriam, ou à inconstante natureza do fogo, tão difícil de controlar, ou ainda às árvores, excessivamente verdes, ou à umidade da terra, ou ao serviço de informações meteorológicas, que não acertava o lugar, o momento e a quantidade das chuvas...

As causas eram, como se vê, difíceis de determinar - na verdade, o sistema para assar porcos era muito complexo. Fora montada uma grande estrutura: maquinário diversificado; indivíduos dedicados exclusivamente a acender o fogo – incendiadores que eram também especializados (incendiadores da Zona Norte, da Zona Oeste, etc., incendiadores noturnos e diurnos – com especialização e matutino e vespertino - incendiador de verão, de inverno, etc.). Havia especialista também em ventos – os anemotécnicos. Havia um Diretor Geral de Assamento e Alimentação Assada, um Diretor de Técnicas Ígneas (com seu Conselho Geral de Assessores), um Administrador Geral de Reflorestamento, uma Comissão de Treinamento Profissional em Porcologia, um Instituto Superior de Cultura e Técnicas Alimentícias (ISCUTA) e o Bureau Orientador de Reforma Igneooperativas.

Havia sido projetada e encontrava-se em plena atividade a formação de bosques e selvas, de acordo com as mais recentes técnicas de implantação- utilizando-se regiões de baixa umidade e onde os ventos não soprariam mais que três horas seguidas.

Eram milhões de pessoas trabalhando na preparação dos bosques, que logo seriam incendiados. Havia especialistas estrangeiros estudando a importação das melhores árvores e sementes, fogo mais potente, etc.

Havia grandes instalações para manter os porcos antes do incêndio, além de mecanismos para deixá-los sair apenas no momento oportuno. Foram formados professores especializados na construção dessas instalações. Pesquisadores trabalhavam para as universidades para que os professores especializados na construção das instalações para porcos; fundações apoiavam os pesquisadores que trabalhavam para as universidades que preparavam os professores especializados na construção das instalações para porcos, etc.

As soluções que os congressos sugeriam eram, por exemplo, aplicar triangularmente o fogo depois de atingida determinada velocidade do vento, soltar os porcos 15 minutos antes que o incêndio médio da floresta atingisse 47 graus, posicionar ventiladores-gigantes em direção oposta à do vento, de forma a direcionar o fogo, etc. Não é preciso dizer que os poucos especialistas estavam de acordo entre si, e que cada um embasava suas idéias em dados e pesquisas específicos. Um dia, um incendiador categoria AB/SODM-VCH (ou seja, um acendedor de bosques especializado em sudoeste diurno, matutino, com bacharelado em verão chuvoso), chamado João Bom-Senso, resolveu dizer que o problema era muito fácil de ser resolvido - bastava, primeiramente, matar o porco escolhido, limpando e cortando adequadamente o animal, colocando-o então sobre uma armação metálica sobre brasas, até que o efeito do calor – e não as chamas - assasse a carne. Tendo sido informado sobre as idéias do funcionário, o Diretor Geral de Assamento mandou chamá-lo ao seu gabinete, e depois de ouvi-lo pacientemente, disse-lhe:
- Tudo o que o senhor disse está muito bem, mas não funciona na prática.
O que o senhor faria, por exemplo, com os nemotécnicos, caso viéssemos a aplicar a sua teoria? Onde seria empregado todo o conhecimento dos acendedores de diversas especialidades?
- Não sei - disse João.
- E os especialistas em sementes? Em árvores importadas? E os desenhistas de instalações para porcos, com suas máquinas purificadores automáticas de ar?
- Não sei.
- E os anemotécnicos que levaram anos especializando-se no exterior, e cuja formação custou tanto dinheiro ao país? Vou mandá-los limpar porquinhos? E os conferencistas e estudiosos, que ano após ano têm trabalhado no Programa de Reforma e Melhoramentos? Que faço com eles, se a sua solução resolver tudo? Heim?
- Não sei - repetiu João encabulado.
- O senhor percebe agora que a sua idéia não vem ao encontro daquilo de que necessitamos? O senhor não vê, que, se tudo fosse tão simples, nossos especialistas já teriam encontrado a solução há muito tempo atrás? O senhor com certeza compreende que eu não posso simplesmente convocar os anemotécnicos e dizer-lhes que tudo se resume a utilizar brasinhas, sem chamas! O que o senhor espera que eu faça com os quilômetros e quilômetros de bosques já preparados, cujas árvores não dão frutos e nem têm folhas para dar sombra? Vamos, diga-me.
- Não sei, não senhor.
- Diga-me, nossos três engenheiros em Porcopirotecnia, o senhor não considera que sejam personalidades científicas do mais extraordinário valor?
- Sim, parece que sim.
- Pois então. O simples fato de possuirmos valiosos engenheiros em Porcopirotecnia indica que nosso sistema é muito bom. O que eu faria com indivíduos tão importantes para o país?
- Não sei.
- Viu? O senhor tem que trazer soluções para certos problemas específicos - por exemplo, como melhorar as anemotécnicas atualmente utilizadas, como obter mais rapidamente acendedores de Oeste (nossa maior carência), como construir instalações para porcos com mais de sete andares. Temos que trabalhar para melhorar o sistema, e não desorganizá-lo totalmente, o senhor, entende? Ao senhor, falta-lhe sensatez!
- Realmente, eu estou perplexo! - respondeu João.
- Bem, agora que o senhor conhece as dimensões do problema, não saia dizendo por aí que pode resolver tudo. O problema é bem mais sério e complexo do que o senhor imagina. Agora, entre nós, devo recomendar-lhe que não insista nessa sua idéia - isso poderia trazer problemas para o senhor no seu cargo. Não por mim, o senhor entende. Eu falo isso para o seu próprio bem, porque eu o compreendo, entendo perfeitamente o seu posicionamento, mas o senhor sabe que pode encontrar outro superior menos compreensivo, não é mesmo?

João Bom-Senso, coitado, não falou mais um "A".

Sem despedir-se, meio atordoado, meio assustado com a sua sensação de estar caminhando de cabeça para baixo, saiu de fininho e ninguém nunca mais o viu. Por isso é que até hoje se diz, quando há reuniões de Reforma e Melhoramentos, que falta o Bom-Senso.

(autor desconhecido)

quarta-feira, março 14, 2007

Seja flexível com as alterações em seus planos

"Quando eu ponho alguma coisa (um plano) em minha mente, pode ser arriscado abandoná-la e seguir simplesmente o fluxo das coisas. Fui ensinado, e sei que é até certo ponto correto, que o sucesso, ou a execução bem-sucedida de um projeto, exige perseverança. Ao mesmo tempo, no entanto, a inflexibilidade cria uma enorme quantidade de estresse interior e é freqüentemente irritante e insensível com relação às outras pessoas.

Gosto de me dedicar a meus escritos nas primeiras horas da manhã. Posso ter, por exemplo, a meta de escrever duas ou três estratégias para este livro, antes que alguém da casa acorde. Mas o que acontece se minha filha de quatro anos acordar cedo e subir as escadas para me ver? Meus planos certamente serão alterados, mas como reajo? Posso ter como meta dar uma corrida antes de ir para o escritório. O que acontece se eu receber uma chamada urgente de meu escritório e tiver que cancelar a corrida?

Há uma quantidade enorme de exemplos potenciais na vida de cada um de nós – momentos em que nossos planos mudam subitamente, algo que pensávamos que fosse acontecer, não acontece, alguém não faz o que disse que iria fazer, você obtém menos dinheiro do que pensou que obteria, alguém altera seus planos sem seu consentimento, descobre que tem menos tempo do que planejou previamente, algo inesperado ocorre e por aí vai. A pergunta a se fazer é, o que é realmente importante?

Muitas vezes usamos a desculpa de que a frustração é uma conseqüência natural de nossa mudança de planos. Isso depende, no entanto, de quais são as suas prioridades. Será mais importante dar prosseguimento a um cronograma escrito e rígido ou se pôr à disposição da filha de quatro anos? Será que perder uma corrida de trinta minutos é motivo para se ficar aborrecido? A pergunta mais geral é: O que é mais importante, fazer o que quero e cumprir meus planos, ou aprender a seguir o fluxo? É claro que para se tornar uma pessoa mais pacífica, você tem que aprender a priorizar a flexibilidade, em vez da rigidez, na maior parte dos casos (embora haja, é claro, exceções). Também aprendi que há utilidade em esperar que uma certa percentagem de nossos planos mude. Se eu permitir cotas mentais de inevitabilidade, quando elas acontecerem, poderei dizer. Aqui está uma das inevitabilidades.

Você vai descobrir que se criar metas de flexibilidade coisas maravilhosas poderão lhe acontecer. Se sentirá mais relaxado, e ao mesmo tempo, não terá que sacrificar sua produtividade. Você talvez se descubra, inclusive, mais produtivo, porque não despenderá tanta energia se sentindo chateado ou preocupado. Eu aprendi a confiar em meus prazos, extrair o máximo de minhas metas, e honrar minhas responsabilidades, embora tenha que alterar, muitas vezes, meus planos ligeira ou completamente.

Finalmente, as pessoas à sua volta se sentirão mais relaxadas, também. Elas não se sentirão como se tivessem que pisar em ovos, caso seus planos tenham que ser alterados."

(extraído do livro “Não faça tempestade em copo d’água...” de Richard Calson)

terça-feira, março 13, 2007

Castelos de areia

Sol a pino. Maresia. Ondas ritmadas. Na praia está um menino.

Ajoelhado, ele cava a areia com uma pá de plástico e a joga dentro de um balde vermelho. Em seguida, vira o balde sobre a superfície e o levanta. Encantado, o pequeno arquiteto vê surgir diante de si um castelo de areia.

Ele continuará a trabalhar a tarde inteira. Cavando os fossos. Modelando as paredes.

As rolhas de garrafa serão as sentinelas. Os palitos de sorvete serão as pontes. E um castelo de areia será construído.

Cidade grande. Ruas movimentadas. Ronco dos motores dos automóveis.

Um homem está no escritório. Em sua escrivaninha, ele organiza pilhas de papel e distribui tarefas. Coloca o fone no ombro e faz uma chamada.

Como que num passe de mágica, contratos são assinados e, para grande felicidade do homem, foram fechados grandes negócios.

Ele trabalhará a vida inteira. Formulando planos. Prevendo o futuro. As rendas anuais serão as sentinelas. Os ganhos de capital serão as pontes. Um império será construído.

Dois construtores de dois castelos. Ambos têm muita coisa em comum: fazem grandezas com pequeninos grãos...

Constroem algo do nada. São diligentes e determinados. E, para ambos a maré subirá, e tudo terminará.

Contudo, é aqui que as semelhanças terminam. Porque o menino vê o fim, ao passo que o homem o ignora.

Observe o menino na hora do crepúsculo.

Quando as ondas se aproximam, o menino sábio pula e bate palmas.

Não há tristeza. Nem medo. Nem arrependimento. Ele sabia que isso aconteceria. Não se surpreende.

E, quando a enorme onda bate em seu castelo e sua obra-prima é arrastada para o mar, ele sorri...

Sorri, recolhe a pá, o balde, segura a mão do pai e vai para casa.

O adulto, contudo, não é tão sábio assim. Quando a onda dos anos desmorona seu castelo, ele se atemoriza...

Cerca seu monumento de areia, a fim de protegê-lo.

Tenta impedir que as ondas alcancem as paredes. Encharcado de água salgada e tremendo de frio, ele resmunga para a próxima onda.

“É o meu castelo” diz em tom de afronta.

O mar não precisa responder. Ambos sabem a quem a areia pertence...

Talvez você não saiba muito sobre castelos de areia. Mas as crianças sabem.

Observe-as e aprenda. Vá em frente e construa, mas construa com o coração de uma criança.
Quando chegar a hora do pôr-do-sol e a maré levar tudo embora, aplauda. Aplauda o processo da vida, segure a mão do pai e vá para casa.

A vida tem sua dinâmica própria, e obedece a leis transcendentes que nem sempre conseguimos compreender totalmente...

Mas o certo é que a roda da vida gira e nos oferece lições importantes para serem apreendidas e vividas.

Resta-nos conhecer e confiar. Observar e aprender.

Por isso, vá em frente e construa, mas construa com o coração de uma criança.
E quando chegar a hora do pôr-do-sol e a maré levar tudo embora, aplauda.
Aplauda o processo da vida, segure a mão do pai e vá para casa.

(autor desconhecido)

domingo, março 11, 2007

Burro

Um dia, o burro de um camponês caiu num poço. Não chegou a se ferir, mas não podia sair dali por conta própria. Por isso o animal chorou fortemente durante horas, enquanto o camponês pensava no que fazer.

Finalmente, o camponês tomou uma decisão cruel: concluiu que o burro já estava muito velho e que o poço já estava mesmo seco, precisaria ser tapado de alguma forma. Portanto, não valia a pena se esforçar para tirar o burro de dentro do poço. Ao contrário, chamou seus vizinhos para ajudá-lo a enterrar vivo o burro.

Cada um deles pegou uma pá e começou a jogar terra dentro do poço.

O burro não tardou a se dar conta do que estavam fazendo com ele, e chorou desesperadamente. Porém, para surpresa de todos, o burro aquietou-se depois de umas quantas pás de terra que levou. O camponês finalmente olhou para o fundo do poço e se surpreendeu com o que viu. A cada pá de terra que caía sobre suas costas o burro a sacudia, dando um passo sobre esta mesma terra que caía ao chão.

Assim, em pouco tempo, todos viram como o burro conseguiu chegar até a boca do poço, passar por cima da borda e sair dali trotando.

A vida vai lhe jogar muita terra, todo o tipo de terra.

Principalmente se você já estiver dentro de um poço.

O segredo para sair do poço é sacudir a terra que se leva nas costas e dar um passo sobre ela.
Cada um de nossos problemas é um degrau que nos conduz para cima.

Podemos sair dos mais profundos buracos se não nos dermos por vencidos.

Use a terra que te jogam para seguir adiante!

Recorde as 5 regras para ser feliz:
1. Liberte o seu coração do ódio.
2. Liberte a sua mente das preocupações.
3. Simplifique a sua vida.
4. Dê mais e espere menos.
5. Ame mais e... aceite a terra que lhe jogam, pois ela pode ser a solução, não o problema.

(autor desconhecido)

sábado, março 10, 2007

Gaste um minuto por dia pensando em alguém a quem deva agradecer.

Esta estratégia, que leva apenas alguns segundos para ser completada, vem sendo um dos hábitos mais importantes que desenvolvi. Tento me lembrar de começar o meu dia pensando em alguém a quem deva agradecer. Para mim, gratidão e paz interior caminham de mãos dadas. Quanto mais genuinamente grato me sinto pelo dom da vida, mais pacífico eu me sinto. A gratidão vale, portanto, algum exercício.

Se você for ligeiramente parecido comigo, provavelmente tem muitas pessoas em sua vida, a quem deve gratidão: amigos, membros da família, pessoas em seu passado, professores, gurus, pessoas de seu ambiente de trabalho, alguém que o ajudou, e muitos outros. Você pode querer agradecer um poder maior pelo dom da própria vida, ou pela beleza da natureza.

Quando você pensar numa pessoa a quem, agradecer, pense que pode ser qualquer um alguém que permitiu que você passasse num engarrafamento, alguém que manteve a porta aberta para você, um médico que salvou sua vida. Todo o sentido do exercício é fazer convergir sua atenção para a gratidão, de preferência no primeiro momento do dia.

Aprendi há muito tempo que é muito fácil permitir que minha mente escorregue para várias formas de negativismo. Quando isso acontece, a primeira coisa que perco é o senso de gratidão. Começo a achar que as pessoas em minha vida não são nada mais, e o amor que sinto começa a ser substituído por ressentimento e frustração. O que esse exercício me faz lembrar é que devo manter o foco de minha vida nas coisas boas. Invariavelmente, quando penso em uma pessoa a quem devo gratidão, a imagem de outra surge em minha mente, e outra, e outra. Logo estou pensando em outras coisas que devo agradecer: minha saúde, minhas filhas, minha casa, minha carreira, os leitores de meus livros, minha liberdade, e assim por diante.

Pode parecer uma sugestão ridiculamente simples, mas realmente funciona! Se você acordar todas as manhãs com gratidão em seu pensamento, será difícil, quase impossível, não ser invadido por um sentimento de paz.

(extraído do livro “Não faça tempestade em copo d’água...” de Richard Calson)

sexta-feira, março 09, 2007

As mulheres

As mulheres ultrapassam o tempo com suas idéias ...

... Desafiam sua sociedade ...

...Enfrentam seus medos ...

...Se entregam de coração...

Tudo isso porque, acima de tudo: São guerreiras

quinta-feira, março 08, 2007

M de Mulher

Seus Malabarismos Mágicos Manipulam Marionetes.

Meninas, Mães, Madres, Marquesas e Ministras.

Madalenas ou Marias.

Marinas ou Madonas.

Elas são Manhãs e Madrugadas.

Mártires e Massacradas.

Mas sempre Maravilhosas, essas Moças Melindrosas.

Mergulham em Mares e Madrepérolas, em Margaridas e Miosótis.

E são Marinheiras e Magníficas.

Mimam Mascotes.

Multiplicam Memórias e Milhares de Momentos.

Marcam suas Mudanças.

Momentâneas ou Milenares, Mudas ou Murmurantes, Multicoloridas ou Monocromáticas, Megalomaníacas ou Modestas, Musculosas, Maliciosas, Maquiadoras, Maquinistas, Manicures, Maiores, Menores, Madrastas, Madrinhas, Manhosas, Maduras, Molecas, Melodiosas, Modernas, Magrinhas.

São Músicas, Misturas, Mármore e Minério.

Merecem Mundos e não Migalhas.

Merecem Medalhas.

São Monumentos em Movimento, esses Milhões de Mulheres Maiúsculas.

(autor desconhecido)