Mosaico de Pensamentos e Textos

sexta-feira, dezembro 31, 2004

Receita de Ano Novo

"Para você ganhar belíssimo Ano Novo
Cor de arco-íris, ou da cor da sua paz,
Ano Novo sem comparação com todo o tempo já vivido (mal vivido talvez ou sem sentido)
Para você ganhar um ano
Não apenas pintado de novo, remendado às carreiras,
Mas novo nas sementinhas do vir-a-ser,
Novo

Até no coração das coisas menos percebidas
(a começar pelo seu interior)

Novo espontâneo que de tão perfeito nem se nota,
Mas com ele se come, se passeia,
Se ama, se compreende, se trabalha,
Você não precisa beber champanha ou qualquer outra birita,
Não precisa receber nem expedir mensagens (planta recebe mensagens? Passa telegramas?).
Não precisa fazer lista de boas intenções
Para arquivá-las na gaveta.
Não precisa chorar de arrependido
Pelas besteiras consumadas

Nem parvamente acreditar
Que por decreto da esperança
A partir de janeiro as coisas mudem
E seja tudo claridade, recompensa,
Justiça entre os homens e as nações,
Liberdade com cheiro e gosto de pão matinal,
Direitos respeitados, começando
Pelo direito augusto de viver

Para ganhar um ano-novo
Que mereça este nome,
Você, meu caro, tem de merecê-lo,
Tem de fazê-lo novo, eu sei que não é fácil,
Mas tente, experimente, consciente.

É dentro de você que o Ano Novo cochila e espera desde sempre."

(Carlos Drumonnd de Andrade)

quarta-feira, dezembro 29, 2004

O Bordado

Quando eu era pequeno, minha mãe costurava muito.

Eu me sentava no chão, brincando perto dela, e sempre lhe perguntava o que estava fazendo.

Respondia que estava bordando. Todo dia eram a mesma pergunta e a mesma resposta.

Observava seu trabalho de uma posição abaixo de onde ela se encontrava sentada e repetia:

"Mãe, o que a senhora está fazendo?" Dizia-lhe que, de onde eu olhava, o que ela fazia me parecia muito estranho e confuso. Era um amontoado de nós e fios de cores diferentes, compridos, curtos, uns grossos e outros finos.

Eu não entendia nada.

Ela sorria, olhava para baixo e gentilmente me explicava:

"Filho, saia um pouco para brincar e quando terminar meu trabalho eu chamo você e o coloco sentado em meu colo.Deixarei que veja o trabalho da minha posição".

Mas eu continuava a me perguntar lá de baixo:

Por que ela usava alguns fios de cores escuras e outros claros?

Por que me pareciam tão desordenados e embaraçados?

Por que estavam cheios de pontas e nós?

Por que não tinham ainda uma forma definida?

Por que demorava tanto para fazer aquilo?

Um dia, quando eu estava brincando no quintal, ela me chamou:

"Filho, venha aqui e sente em meu colo".

Eu sentei no colo dela e me surpreendi ao ver o bordado. Não podia crer!

Lá de baixo parecia tão confuso! E de cima vi uma paisagem maravilhosa!

Então minha mãe me disse:

"Filho, de baixo, parecia confuso e desordenado porque você não via que na parte de cima havia um belo desenho. Mas, agora, olhando o bordado da minha posição, você sabe o que eu estava fazendo".

Muitas vezes, ao longo dos anos, tenho olhado para o céu e dito:

"Pai, o que estás fazendo?"

Ele parece responder:

"Estou bordando a sua vida, filho".

E eu continuo perguntando:

"Mas está tudo tão confuso... Pai, tudo em desordem.
Há muitos nós, fatos ruins que não terminam e coisas boas que passam rápido. Os fios são tão escuros. Por que não são mais brilhantes?"

O Pai parece me dizer:

"Meu filho, ocupe-se com seu trabalho, descontraia-se, confie em Mim... e
eu farei o meu trabalho. Um dia, colocarei você em meu colo e então vai ver o plano da sua vida da minha posição".

Muitas vezes não entendemos o que está acontecendo em nossas vidas. As coisas são confusas, não se encaixam e parece que nada dá certo. É que estamos vendo o avesso da vida.

Do outro lado, Deus está bordando...

(autor desconhecido)

terça-feira, dezembro 28, 2004

A agulha e a linha


Era uma vez uma agulha, que disse a um novelo de linha:

— Por que está você com esse ar, toda cheia de si, toda enrolada, para fingir que vale alguma cousa neste mundo?
— Deixe-me, senhora.
— Que a deixe? Que a deixe, por que? Porque lhe digo que está com um ar insuportável? Repito que sim, e falarei sempre que me der na cabeça.
— Que cabeça, senhora? A senhora não é alfinete, é agulha. Agulha não tem cabeça. Que lhe importa o meu ar? Cada qual tem o ar que Deus lhe deu. Importe-se com a sua vida e deixe a dos outros.
— Mas você é orgulhosa.
— Decerto que sou.
— Mas por que?
— É boa! Porque coso. Então os vestidos e enfeites de nossa ama, quem é que os cose, senão eu?
— Você? Esta agora é melhor. Você é que os cose? Você ignora que quem os cose sou eu, e muito eu?
— Você fura o pano, nada mais; eu é que coso, prendo um pedaço ao outro, dou feição aos babados...
— Sim, mas que vale isso? Eu é que furo o pano, vou adiante, puxando por você, que vem atrás, obedecendo ao que eu faço e mando...
— Também os batedores vão adiante do imperador.
— Você, imperador?
— Não digo isso. Mas a verdade é que você faz um papel subalterno, indo adiante; vai só mostrando o caminho, vai fazendo o trabalho obscuro e ínfimo. Eu é que prendo, ligo, ajunto...
Estavam nisto, quando a costureira chegou a casa da baronesa. Não sei se disse que isto se passava em casa de uma baronesa, que tinha a modista ao pé de si, para não andar atrás dela. Chegou a costureira, pegou do pano, pegou da agulha, pegou da linha, enfiou a linha na agulha, e entrou a coser. Uma e outra iam andando orgulhosas, pelo pano adiante, que era a melhor das sedas, entre os dedos da costureira, ágeis como os galgos de Diana — para dar a isto uma cor poética. E dizia a agulha:
— Então, senhora linha, ainda teima no que dizia há pouco?
Não repara que esta distinta costureira só se importa comigo; eu é que vou entre os dedos dela, unidinha a eles, furando abaixo e acima...
A linha não respondia nada; ia andando. Buraco aberto pela agulha era logo enchido por ela, silenciosa e ativa, como quem sabe o que faz, e não está para ouvir palavras loucas. A agulha, vendo que ela não lhe dava resposta, calou-se também, e foi andando. E era tudo silêncio na saleta de costura; não se ouvia mais que o plic-plic-plic-plic da agulha no pano. Caindo o sol, a costureira dobrou a costura, para o dia seguinte; continuou ainda nesse e no outro, até que no quarto acabou a obra, e ficou esperando o baile.
Veio a noite do baile, e a baronesa vestiu-se. A costureira, que a ajudou a vestir-se, levava a agulha espetada no corpinho, para dar algum ponto necessário. E enquanto compunha o vestido da bela dama, e puxava a um lado ou outro, arregaçava daqui ou dali, alisando, abotoando, acolchetando, a linha, para mofar da agulha, perguntou-lhe?
— Ora, agora, diga-me quem é que vai ao baile, no corpo da baronesa, fazendo parte do vestido e da elegância? Quem é que vai dançar com ministros e diplomatas, enquanto você volta para a caixinha da costureira, antes de ir para o balaio das mucamas? Vamos, diga lá.
Parece que a agulha não disse nada; mas um alfinete, de cabeça grande e não menor experiência murmurou à pobre agulha:
— Anda, aprende, tola. Cansas-te em abrir caminho para ela, e ela é que vai gozar a vida, enquanto aí ficas na caixinha de costura. Fazei como eu, que não abro caminho para ninguém. Onde me espetam fico.
Contei esta história a um professor de melancolia, que me disse, abanando a cabeça:
— Também eu tenho servido de agulha a muita linha ordinária!

(Machado de Assis)

segunda-feira, dezembro 27, 2004

A Corrida dos sapos


Era uma vez uma corrida de sapinhos.

Eles tinham que subir uma grande torre, atrás havia uma multidão, muita gente para torcer por eles. Começou a competição.

A multidão dizia: "Não vão conseguir, não vão conseguir!...”
E os sapinhos iam desistindo um por um, menos um que continuava subindo...

Ai aclamava a multidão: "Vocês não vão conseguir, vocês não vão conseguir", e os sapinhos iam desistindo um por um, menos um que subia tranqüilo.

Ao final da competição, todos desistiram menos aquele.

Todo mundo queria saber o que aconteceu, e quando foram a perguntar ao sapinho como ele conseguiu chegar até o fim, ficaram sabendo que ele era Surdo!!!

Moral da história: Quando você precisar fazer alguma coisa que exija sua coragem não escute as pessoas que falam coisas negativas, pois se der ouvido a elas você não irá conseguir!

(autor desconhecido)

domingo, dezembro 26, 2004

Trem da vida


Isso mesmo, a vida não passa de uma viagem de trem, cheia de embarques e desembarques, alguns acidentes, surpresas agradáveis em alguns embarques e grandes tristezas em outros.

Quando nascemos, entramos nesse trem e nos deparamos com algumas pessoas que, julgamos, estarão sempre nessa viagem conosco: nossos pais.

Infelizmente, isso não é verdade; em alguma estação eles descerão e nos deixarão órfãos de seu carinho, amizade e companhia insubstituível.... mas isso não impede que, durante a viagem, pessoas interessantes e que virão a ser super especiais para nós, embarquem.

Chegam nossos irmãos, amigos e amores maravilhosos.

Muitas pessoas tomam esse trem, apenas a passeio, outros encontrarão nessa viagem somente tristezas, ainda outros circularão pelo trem, prontos a ajudar a quem precisa. Muitos descem e deixam saudades eternas, outros tantos passam por ele de uma forma que, quando desocupam seu acento, ninguém nem sequer percebe.

Curioso é constatar que alguns passageiros, que nos são tão caros, acomodam-se em vagões diferentes dos nossos; portanto, somos obrigados a fazer esse trajeto separados deles, o que não impede, é claro, que durante ele, atravessemos, com grande dificuldade nosso vagão e cheguemos até eles....só que, infelizmente, jamais poderemos sentar ao seu lado, pois já terá alguém ocupando aquele lugar.

Não importa, é assim a viagem, cheia de atropelos, sonhos, fantasias, esperas, despedidas.....porém, jamais, retornos.

Façamos essa viagem, então, da melhor maneira possível, tentando nos relacionar bem com todos os passageiros, procurando, em cada um deles, o que tiverem de melhor, lembrando, sempre, que, em algum momento do trajeto, eles poderão fraquejar e, provavelmente, precisaremos entender isso, porque nós também fraquejaremos muitas vezes e, com certeza, haverá alguém que nos entenderá.

O grande mistério, afinal, é que jamais saberemos em qual parada desceremos, muito menos nossos companheiros, nem mesmo aquele que está sentado ao nosso lado.

Eu fico pensando, se, quando descer desse trem, sentirei saudades....

Acredito que sim, me separar de alguns amigos que fiz nele será, no mínimo dolorido, deixar meus filhos continuarem a viagem sozinhos, com certeza será muito triste, mas me agarro na esperança que, em algum momento, estarei na estação principal e terei a grande emoção de vê-los chegar com uma bagagem que não tinham quando embarcaram..... e o que vai me deixar feliz, será pensar que eu colaborei para que ela tenha crescido e se tornado valiosa.

(Autor desconhecido)

Rir é arriscar parecer tolo

Rir é arriscar parecer tolo.

Chorar é arriscar parecer sentimental.

Tentar alcançar alguém é arriscar envolvimento.

Expor sentimentos é arriscar rejeição.

Expor seus sonhos perante a multidão é arriscar parecer ridículo.

Amar é arriscar não ser amado de volta.

Seguir adiante face a probabilidades irresistíveis, é arriscar ao fracasso.

E, apenas uma pessoa que corre riscos, é livre.

(Alexander Lowem)

sexta-feira, dezembro 24, 2004

Feliz Natal

Queria neste Natal,
Armar uma árvore dentro
do meu coração. E nela
pendurar em vez de presentes os
nomes de todos os meus amigos. Os
amigos de longe e de perto. Os antigos e os
mais recentes. Os que vejo a cada dia e os que
raramente encontro. Os sempre lembrados e os que
às vezes ficam esquecidos. Os das horas
difíceis e os das horas alegres. Os que sem querer
eu magoei ou sem querer me magoaram. Aqueles a quem
conheço profundamente e aqueles que não me são conhecidos a
não ser as aparências. Os que pouco me devem e aqueles a quem muito
devo. Meus amigos humildes, os meus amigos importantes. Os nomes
de todos os que já passaram pela minha vida. Uma árvore de
raízes profundas para que seus nomes nunca mais sejam
arrancados do meu coração. De ramos muito extensos para que
novos nomes vindos de todas as partes venham juntar-se aos já existentes.
De sombra muito agradável para que nossa amizade seja um momento de
repouso nas lutas da vida.
(autor desconhecido)

quarta-feira, dezembro 22, 2004

Presentes que não custam dinheiro


O Presente de Escutar
- Você realmente deve escutar. Nada de interromper, nada de sonhar acordado, nada de planejar sua resposta. Apenas escute com interesse, afeto e atenção!

O Presente do Afeto
- Seja generoso com abraços e beijos, tapinhas nas costas e aperto de mãos na hora certa. Deixe estas pequenas atitudes demonstrarem o amor que você tem.

O Presente da Risada
- Recorte desenhos. Compartilhe artigos e histórias engraçadas. Seu presente vai dizer "eu adoro rir com você."

O Presente de um E-mail
- Pode ser um simples "Obrigado pela ajuda" ou um soneto inteiro. Um bilhete, mesmo pequeno, manuscrito, pode ser lembrado por toda a vida, e pode até mudar uma vida. Diga do seu amor, gratidão por algo específico que a outra pessoa fez ou simplesmente por sua amizade.

O Presente de um Beijo
- Um simples e sincero, "Você fica muito bem de vermelho...", "Você fez um excelente trabalho." ou "A comida estava maravilhosa!" pode tornar o dia de alguém melhor, muito melhor.

O Presente de um Favor
- Freqüentemente, saia da rotina e faça alguma coisa gentil. Telefone para perguntar como vai, passe por lá para deixar um abraço.

O Presente da Solidão
- Há momentos quando não queremos nada além de ficar sozinhos. Seja sensível a esses momentos e dê o presente da solidão respeitando o amigo como pessoa sem, entretanto, deixar dúvidas quanto ao seu apoio incondicional.

O Presente da Disposição Alegre
- O caminho mais fácil para nos sentirmos bem é dizer uma palavra gentil a alguém. De fato, não é tão difícil assim dizer, "Olá!" ou "Muito Obrigado."

(autor desconhecido)

terça-feira, dezembro 21, 2004

Filhos

Há um período em que os pais vão ficando órfãos de seus próprios filhos.

É que as crianças crescem independentes de nós, como árvores tagarelas e pássaros estabanados. Crescem sem pedir licença a vida.

Crescem com uma estridência alegre e, as vezes, com alardeada arrogância. Mas não crescem todos os dias, de maneira igual, crescem de repente.


Um dia sentam-se perto de você no terraço e dizem uma frase com tal maturidade que você sente que não pode mais trocar as fraldas daquela criatura.

Onde é que andou crescendo aquele danadinho que você não percebeu?

Cadê a pazinha de brincar na areia, as festinhas de aniversários com palhaços e o primeiro uniforme do maternal?

A criança esta crescendo num ritual de obediência orgânica e desobediência civil.

E você está agora ali, na porta da discoteca, esperando que ela não apenas cresça, mas apareça!

Ali estão muitos pais ao volante, esperando que eles saiam esfuziantes sobre patins e cabelos soltos.

Entre hambúrgueres e refrigerantes nas esquinas, lá estão nossos filhos com o uniforme de sua geração: incômodas mochilas da moda nos ombros. Ali estamos nós com os cabelos esbranquiçados.

Esses são os filhos que conseguimos gerar e amar, apesar dos golpes dos ventos, das colheitas, das notícias e da ditadura das horas.

E eles crescem meio amestrados, observando e aprendendo com nossos acertos e erros.

Principalmente com os erros que esperamos que não repitam.

Há um período em que os pais vão ficando um pouco órfãos dos próprios filhos.

Não mais os pegaremos nas portas das discotecas e das festas. Passou o tempo do inglês, da natação e do judô.

Saíram do banco de trás e passaram para os volantes de suas próprias vidas.

Deveríamos ter ido mais a cama deles ao anoitecer para ouvirmos suas almas respirando conversas e confidências entre os lençóis da infância, e os adolescentes cobertores daquele quarto cheio de adesivos, posters, agendas coloridas e discos ensurdecedores.

Não os levamos suficientemente ao Playcenter, ao shopping, não lhes demos suficientes hambúrgueres e cocas, nãos lhes compramos todos os sorvetes e roupas que gostaríamos de ter comprado.

Eles cresceram sem que esgotássemos neles todo o nosso afeto.

No princípio subiam a serra ou iam a casa de praia entre embrulhos, bolachas, engarrafamentos, natais, páscoas, piscina e amiguinhos.

Sim, havia as brigas dentro do carro, a disputa pela janela, os pedidos de chicletes e cantorias sem fim.

Depois chegou o tempo em que viajar com os pais começou a ser um esforço, um sofrimento, pois era impossível deixar a turma e as primeiras namoradas.

Os pais ficaram exilados dos filhos. Tinham a solidão que sempre desejaram, mas, de repente, morriam de saudades daquelas "pestes".

Chega um momento que nos resta ficar de longe torcendo e rezando muito (nessa hora, se a gente tinha desaprendido, reaprende a rezar) para que eles acertem nas escolhas em busca de felicidade.

E que a conquistem do modo mais completo possível.

O jeito é esperar: qualquer hora podem nos dar netos. O neto é a hora do carinho ocioso e estocado, não exercido nos próprios filhos e que não podem morrer conosco. Por isso os avós são tão desmesurados e distribuem tão incontrolável carinho. Os netos são a última oportunidade de reeditar o nosso afeto.


Por isso é necessário fazer alguma coisa a mais, antes que eles cresçam.

Affonso Romano de Sant'Anna

sábado, dezembro 18, 2004

Fila Indiana


Para mim os homens caminham pela face da Terra em fila indiana, cada um carregando uma sacola na frente e outra atrás.

Na sacola da frente, nós colocamos as nossas qualidades. Na sacola de trás guardamos os nossos defeitos.

Por isso, durante a jornada pela vida, mantemos os olhos fixos nas virtudes que possuímos, presas em nosso peito.

Ao mesmo tempo, reparamos impiedosamente nas costas do companheiro que está adiante, todos os defeitos que ele possui.

E nos julgamos melhores que ele, sem perceber que a pessoa andando atrás de nós está pensando a mesma coisa a nosso respeito.

Mude.. Ainda dá tempo. E não esqueça: dê um Sorriso...

Gilberto de Nucci

quarta-feira, dezembro 15, 2004

Cenoura, ovo ou pó de café?

Uma filha se queixou a seu pai sobre sua vida e de como as coisas estavam tão difíceis para ela. Ela já não sabia mais o que fazer e queria desistir. Estava cansada de lutar e combater. Parecia que assim que um problema estava resolvido um outro surgia.

Seu pai, um "chef", levou-a até a cozinha dele. Encheu três panelas com água e colocou cada uma delas em fogo alto. Logo as panelas começaram a ferver. Em uma ele colocou cenouras, em outra colocou ovos e, na última pó de café. Deixou que tudo fervesse, sem dizer uma palavra.

A filha deu um suspiro e esperou impacientemente, imaginando o que ele estaria fazendo. Cerca de vinte minutos depois, ele apagou as bocas de gás. Pescou as cenouras e as colocou em um prato. Retirou os ovos e os colocou em uma tigela. Então pegou o café com uma concha e o colocou em uma caneca.

Virando-se para ela, perguntou "Querida, o que você está vendo?"

"Cenouras, ovos e café", ela respondeu.

Ele a trouxe para mais perto e pediu-lhe para experimentar as cenouras.
Ela obedeceu e notou que as cenouras estavam macias.
Ele, então, pediu-lhe que pegasse um ovo e o quebrasse.
Ela obedeceu e depois de retirar a casca verificou que o ovo endurecera com a fervura.
Finalmente, ele lhe pediu que tomasse um gole do café.
Ela sorriu ao provar seu aroma delicioso.

Ela perguntou humildemente: "O que isto significa, pai?"

Ele explicou que cada um deles havia enfrentado a mesma adversidade, a água fervendo, mas que cada um reagira de maneira diferente. A cenoura entrara forte, firme e inflexível. Mas depois de ter sido submetida à água fervendo, ela amolecera e se tornara frágil. Os ovos eram frágeis. Sua casca fina havia protegido o líquido interior. Mas após terem sido colocados na água fervendo, seu interior se tornou mais rijo.
O pó de café, contudo, era incomparável. Depois que fora jogado na água fervente, ele havia mudado a água.

"Qual deles é você?" ele perguntou a sua filha.

"Quando a adversidade bate a sua porta, como você responde? Você é uma cenoura, um ovo ou um pó de café?"

domingo, dezembro 12, 2004

A arte de ser feliz

1) Acorde todas as manhãs com um sorriso. Esta é mais uma oportunidade que você tem para ser feliz.

2) Seja seu próprio motor de ignição. O dia de hoje jamais voltará. Não o desperdice, pois você nasceu para ser feliz!

3) Enumere as boas coisas que você tem na vida. Ao tomar consciência do seu valor, você será capaz de ir em frente com muita força, coragem e confiança!

4) Não se queixe do seu trabalho, do tédio, da rotina, pois é o seu trabalho que o mantém alerta, em constante desenvolvimento pessoal e profissional. Além disso, o trabalho te ajuda a manter a dignidade. Acredite. Seu valor está em você mesmo.

5) Não se deixe vencer, não seja igual, seja diferente. Se nos deixarmos vencer, não haverá surpresas, nem alegrias...

6) Conscientize-se que a verdadeira felicidade está dentro de você. A felicidade não é ter ou alcançar, mas sim, dar. Estenda sua mão.

7) Compartilhe. Sorria. Abrace. A felicidade é um perfume que você não pode passar nos outros sem que o cheiro fique um pouco em suas mãos.

8) O importante de você ter uma atitude positiva diante da vida, ter o desejo de mostrar o que tem de melhor, é que isso produz maravilhosos efeitos colaterais. Não só cria um espaço feliz para o que estão ao seu redor, como também encoraja outras pessoas a serem mais positivas.

9) Trace objetivos para cada dia. Você conquistará seu arco-íris, um dia de cada vez. Seja paciente.

10) O tempo para ser feliz é agora. O lugar para ser feliz é aqui!


(autor desconhecido)

sábado, dezembro 11, 2004

Borboletas


Um homem achou o casulo de uma borboleta. No dia em que apareceu uma pequena abertura no casulo, ele sentou e observou a borboleta, por diversas horas, enquanto ela se esforçava em forçar seu corpo através daquele pequeno furo. Depois, parecia parar sem fazer nenhum progresso. Parecia que ela tinha chegado até onde podia e não poderia, portanto, ir mais longe.

Então, o homem decidiu ajudar aquela borboleta. Ele pegou uma tesoura e retirou o que restava do casulo. A borboleta assim apareceu facilmente, mas ela tinha o corpo inchado e pequenas asas enrugadas.

Ele continou a olhar a borboleta, pois ele esperava que, a qualquer momento, as asas crescessem e expandissem para suportar o corpo, que iria contrair-se com o tempo. Nenhuma das duas coisas aconteceram. Aliás, a borboleta passou o resto da sua vida engatinhando com o corpo inchado e as asas enrugadas. Ela nunca conseguiu voar.


O que o homem tinha feito, com a melhor das intenções e que ele não pode compreender, foi que o casulo restrito, a luta e o sufoco requerido para sair pela pequena abertura do casulo eram as formas que a natureza tinha feito para forçar o fluido do corpo da borboleta a passar para as asas. Sendo assim, ela estaria pronta para voar assim que ela tivesse se libertado do casulo.

Às vezes as lutas são necessárias na nossa vida. Se Deus nos permitisse passar pela vida sem nenhum obstáculo, nós seríamos "deficientes". Não seríamos fortes o suficiente e nunca poderíamos "voar".

(autor desconhecido)