Mosaico de Pensamentos e Textos

sexta-feira, junho 29, 2007

Instantes

Se pudesse viver novamente a minha vida, na próxima cometeria menos erros.

Não tentaria ser tão perfeito, relaxaria mais.
Seria mais tolo do que tenho sido, na verdade bem poucas coisas levaria a serio.
Seria menos higiênico.
Correria mais riscos, viajaria mais, contemplaria mais entardeceres, subiria mais montanhas, nadaria em mais rios. Iria a mais lugares aonde nunca fui, tomaria mais sorvete e comeria menos lentilha, teria mais problemas reais e menos problemas imaginários.

Eu fui uma dessas pessoas que viveram sensata e produtivamente cada minuto de sua vida, claro que tive momentos de alegria. Mas, se pudesse voltar a viver, procuraria ter somente bons momentos. Porque, se não sabem, disso e feita a vida, só de momentos; não percam o agora.

Eu era um desses que nunca iam a parte alguma sem um termômetro, uma bolsa de água quente, um guarda-chuva e um pára-quedas; se voltasse a viver, viajaria mais leve.

Se eu pudesse voltar a viver, começaria a andar descalço no começo da primavera e continuaria assim ate o fim do outono. Daria mais voltas de carrossel, contemplaria mais amanheceres e brincaria com mais crianças, se tivesse outra vez minha vida pela frente. Mas, como sabem, tenho 85 anos e sei que estou morrendo ...

(Jorge Luiz Borges, morreu em 1987, aos 88 anos, apesar de ter vivido tanto, quase não teve tempo de expressar o seu pesar por ter encarado a vida de maneira exageradamente sensata e produtiva. Só aos 85 anos ocorreu a Borges escrever o poema "Instantes", que está transcrito acima. E um texto cheio de significados para as pessoas de 85, 75, 65, 55, 45, 35 anos ou menos, e em especial as que tem dificuldade de relaxar, as excessivamente higiênicas, as que notam os entardeceres, as que tem mais problemas imaginários do que reais.)

quarta-feira, junho 27, 2007

Seja côrtes!!!

É com a palavra que nos comunicamos com o próximo. Dizia um velho
provérbio: "A palavra é de prata, o silêncio é de ouro."

A linguagem é o instrumento essencial das relações humanas?
A linguagem é a arma mais poderosa e eficiente que o homem possui. É com a mesma que nos comunicamos com os colegas e chefes. É por seu intermédio, também, que se recebe as instruções dos superiores. A linguagem é o instrumento essencial das relações humanas.

Saber calar e saber falar
Uma palavra pode agradar, ferir, convencer, estimular, instruir, entristecer, enganar, louvar, criticar ou aborrecer as pessoas para quem está dirigida. Cada um deveria aprender a servir-se dela para melhorar as relações entre as pessoas. Saber falar no momento oportuno, utilizando os termos adequados à situação e o tom de voz à altura do que se pretende obter.

Um exemplo para alcançar um objetivo?
As pequenas cortesias ficaram perdidas neste mundo do faça-isto-agora, e quanto-mais-rápido-mais-barato. Dizer "olá", "por favor"e "obrigado" é um gesto cortês. Acrescentar, por exemplo, a expressão "por favor" a "Venha a minha sala às 10, para uma reunião" é uma forma agradável de lembrar que o básico da educação nas interações humanas é algo que você e seus empregados devem ter em comum. Isso também dá um bom exemplo, mostrando que as boas maneiras fazem parte integrante de uma pessoa bem-sucedida.

E quando uma pessoa tem um temperamento agressivo?
Quando uma pessoa tem um temperamento agressivo e está pronta para ferir outrem, neste caso, é melhor calar até passar a crise de raiva. É muito mais fácil falar do que calar. Saber calar exige grande capacidade de controle de si mesmo. Para muitos, este controle é difícil inicialmente, mas aos poucos se torna um hábito útil para melhorar as relações humanas. Não deixemos que um dia ruim prejudique o respeito que temos uns pelos outros. Neste caso, o silêncio é de ouro.

As nossas aspirações
Todos nós sentimos o desejo de alcançar certos objetivos, na vida. Para os que não conseguiram seu objetivo, a distância entre os que querem ser e o que são realmente, podem dar origem a estados de insatisfação que são manifestados com os colegas e superiores. Temperamento e caráter, em relações humanas, são fatores essenciais para o bom relacionamento. Nada melhor para o progresso de nossa vida profissional, que fazermos a
autocrítica de nós mesmos. É preciso transformar o trabalho em algo que dê felicidade e equilíbrio pessoal.

Obrigado e obrigado sempre
"Muito obrigado" são duas palavrinhas indispensáveis que você pode usar sempre. Se um cliente lhe tiver feito um favor, por exemplo, passando por fax a cópia de um artigo do jornal, sobre um tema de seu interesse, cabe um telefonema de agradecimento, no máximo no mesmo dia. Aliás,
devemos agradecer sempre em todos os momentos da nossa vida.

Seja cortês
Qualquer pessoa quer ser tratada com cortesia e corresponde muito mais do que se espera dela se o seu dirigente observar as normas elementares de boas maneiras e de delicadeza, às quais serão imitadas por todos.

(autor desconhecido)

terça-feira, junho 26, 2007

A elegância do comportamento

As pessoas geralmente se preocupam com a aparência física e se esmeram para mostrar uma certa elegância, de acordo com suas possibilidades. Isso é natural do ser humano. Tanto que muitos buscam escolas que ensinam boas maneiras. No entanto, existe uma coisa difícil de ser ensinada e que, talvez por isso, esteja cada vez mais rara: a elegância do comportamento.

É um dom que vai muito além do uso correto dos talheres e que abrange bem mais do que dizer um simples obrigado diante de uma gentileza.


É a elegância que nos acompanha da primeira hora da manhã até a hora de dormir e que se manifesta nas situações mais corriqueiras, quando não há festa alguma nem fotógrafos por perto: é uma elegância desobrigada.

É possível detectá-la nas pessoas que elogiam mais do que criticam. Nas pessoas que escutam mais do que falam. E quando falam, passam longe da fofoca, das maldades ampliadas de boca em boca.

É possível detectá-la também nas pessoas que não usam um tom superior de voz. Nas pessoas que evitam assuntos constrangedores porque não sentem prazer em humilhar os outros.
É uma elegância que se pode observar em pessoas pontuais, que respeitam o tempo dos outros e seu próprio tempo.

Elegante é quem demonstra interesse por assuntos que desconhece. É quem cumpre o que promete e, ao receber uma ligação, não recomenda à secretária que pergunte antes quem está falando e só depois manda dizer se está ou não.

É elegante não ficar espaçoso demais. Não mudar seu estilo apenas para se adaptar ao de outro.

É muito elegante não falar de dinheiro em bate-papos informais.

É elegante retribuir carinho e solidariedade.

Sobrenome, cargo e jóias não substituem a elegância do gesto. Não há livro de etiqueta que ensine alguém a ter uma visão generosa do mundo e a viver nele sem arrogância.
Pode-se tentar capturar esta delicadeza natural através da observação, mas tentar imitá-la é improdutivo.

A pessoa de comportamento elegante fala no mesmo tom de voz com todos os indivíduos, indistintamente.

Ter comportamento elegante é ser gentil sem afetação.
É ser amigo sem conivência negativa.
Ser sincero sem agressividade.
É ser humilde sem relaxamento.
Ser cordial sem fingimento.
É ser simples com sobriedade.
É ter capacidade de perdoar sem fazer alarde.
É superar dificuldades com fé e coragem.
É saber desarmar a violência com mansuetude e alcançar a vitória sem se vangloriar.

Enfim, elegância de comportamento não é algo que se tem, é algo que se é.

Pense nisso!

Mais do que decorar regras de etiqueta e elaborar gestos ensaiados, é preciso desenvolver a verdadeira elegância de comportamento.

Importante que cada gesto seja sincero, que cada atitude tenha sobriedade.

A verdadeira elegância é a do caráter, porque procede da essência do ser.

(autor desconhecido)

domingo, junho 10, 2007

Imagine as pessoas em sua vida como criancinhas ou adultos centenários

Aprendi esta técnica há quase vinte anos. Provou-se extremamente útil no alívio dos sentimentos de irritação com relação a outras pessoas.

Pense em alguém que realmente o irrite, alguém que o faça sentir raiva. Agora, feche os olhos e tente imaginar essa pessoa quando era criança. Observe suas feições infantis e seus olhos inocentes.

Perceba que os bebês não podem evitar cometer erros e que todos nós fomos, um dia, crianças assim pequenas. Agora, avance os ponteiros do relógio cem anos.

Pense nessa mesma pessoa como alguém muito velho, prestes a morrer. Observe seus olhos que já não enxergam, o sorriso doce, que sugere sabedoria, e a percepção de que cometemos erros.

Pense que todos nós completaremos cem anos, vivos ou mortos, antes que se passem muitas décadas.

Você pode brincar com essa técnica, alterando-a a seu gosto. Quase sempre ela traz a seu usuário a necessária perspectiva e compaixão. Se seu objetivo é se tornar mais pacífico é amoroso, você certamente não pode abrigar sentimentos negativos com relação a ninguém.

(extraído do livro “Não faça tempestade em copo d’água...” de Richard Calson)

sexta-feira, junho 01, 2007

Lição ou Condição?

Dirigir olhando pelo retrovisor é um perigo!

E quantos dirigem suas vidas, seus empregos, suas empresas olhando para trás.

Ficam presos a erros cometidos no passado. São reféns do ontem.

Perdem tempo remoendo fatos e situações pretéritas que pouco ou nada podem agregar ao hoje e ao amanhã.

Desligar-se do passado e "ligar-se no futuro" é algo que só os sábios sabem fazer.

É claro que o passado tem um valor muito grande. A história é a mestra da vida! Com o passado, com a história, podemos e devemos aprender. Aprender, principalmente, para que não cometamos os mesmos erros e para que repitamos as condições de nossas vitórias.

Porém, viver olhando o passado é uma atitude doentia dos nostálgicos.

Seja um grande sucesso ou um grande fracasso, a verdade é que o passado passou!

Conheço empresas e pessoas que vivem das glórias do passado. Esquecem-se de construir o presente. Iludem-se com o passado e tornam-se "palmatórias do presente", a tudo criticando, a tudo comparando com os "anos bons que não voltam mais...". São pessoas tristes, rabugentas, verdadeiras mortas-vivas num mundo que exige energia e paixão.

Olhe para frente! Use o passado como lição e não como "condição". Não seja condicionado pelo passado que, bom ou ruim, já passou, já acabou.

Lembre-se que o amanhã será o que você fizer hoje e que viver é recomeçar a cada instante a construção desse amanhã.

(Luiz Marins, Ph.D.)